Notícias Pesquisa Acadêmica

Jogo de tabuleiro transforma a aula de matemática em uma aventura divertida

Quem disse que matemática é chato? Um jogo de tabuleiro pode provar o contrário. Criado por Luiz Gustavo Alves Silva, durante o seu mestrado, o “Corrida Zahl” se mostrou eficaz, principalmente, em gerar interações sociais entre os participantes, ao ser utilizado junto às crianças do 7º ano da Escola Municipal Benedita Braga Cobra (EMBBC) no município de Borda da Mata (MG).

“O jogo cumpriu com as expectativas de ser divertido e interativo, as crianças se ajudavam mutuamente na execução de cálculos, revisão de jogadas e estratégias”, afirma. De acordo com Luiz Gustavoa, os alunos com maiores dificuldades em Matemática e raciocínio lógico, aos poucos, apresentavam uma maior desenvoltura diante da mediação de outros alunos com maiores habilidades.

Orientado pela professora Cátia Regina de Oliveira Quilles Queiroz, do Departamento de Matemática do Instituto de Ciências Exatas (ICEx) da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Luiz Gustavo conta que a ideia surgiu durante a pandemia, quando passou a jogar mais em casa com a família. A partir daí, ele começou a pensar em como transformar a matemática em algo mais lúdico e divertido. O resultado foi um jogo que combina estratégia, cálculo e um pouco de sorte.

Como funciona o jogo?

O “Corrida Zahl” possui duas modalidades: adição/subtração e multiplicação/divisão. Em ambas, os jogadores utilizam dados para realizar operações matemáticas e avançar no tabuleiro. O objetivo é chegar à casa final o mais rápido possível, mas para isso é preciso dominar as operações e escolher as melhores estratégias.

Para Luiz Gustavo e sua orientadora, o “Corrida Zahl” é uma importante ferramenta para o ensino da matemática. “A matemática tem a fama de ser difícil, mas os jogos educativos podem tornar o aprendizado mais divertido e acessível”, afirma.

Segundo Luiz Gustavo Silva, os jogos educativos são apontados por estudos e documentos oficiais, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como alternativas para tornar a Matemática mais atrativa e acessível para as crianças.

Próximos passos

Luiz Gustavo pretende continuar desenvolvendo o jogo e adaptá-lo para outros conteúdos matemáticos. “Além do estudo de Números Inteiros, o jogo possui suas regras baseadas em conceitos de Análise Combinatória e Probabilidades, ou seja, o jogo também poderia ser trabalhado com alunos do Ensino Médio e gerar resultados igualmente interessantes”, destaca. A pesquisa foi financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Foto: Arquivo/Luiz Gustavo Alves Silva

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Post Relacionado

Cotidiano Pesquisa Acadêmica

Flor comestível é objeto de estudo na UFLA

Flor comestível é objeto de estudo na UFLA, que utiliza nanotecnologia para superar dificuldades de germinação A Clitoria ternatea, ou Feijão-borboleta,
Pesquisa Acadêmica

Pesquisa identifica o impacto da pandemia em estudantes

Um estudo com quase seis mil participantes, de todas as regiões do país, revela o alto impacto da pandemia de