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Programa oferece bolsas no exterior para pesquisadoras negras, quilombolas, indígenas e ciganas

Com objetivo de ampliar a participação de mulheres negras, ciganas, quilombolas e indígenas na ciência, o  Ministério da Igualdade Racial, em parceria com os ministérios das Mulheres, dos Povos Indígenas, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, com o apoio do CNPq, anunciam o lançamento da Chamada Atlânticas – Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência. Prazo de submissão até o dia 31 de janeiro de 2024. 

A Chamada Atlânticas MCTI/CNPq/MIR/MMULHERES/MPI Nº 36/23 para Bolsas no Exterior (SWE e PDE) conta com R$ 6 milhões em investimentos, o programa contempla bolsas de doutorado sanduíche e de pós-doutorado no exterior para pesquisadoras negras, quilombolas, indígenas e ciganas regularmente matriculadas em cursos de doutorado reconhecido pela Capes, ou que tenham concluído programa de pós-graduação reconhecido pela Capes em qualquer área de conhecimento.

As propostas poderão concorrer nas seguintes faixas:

Faixa 1:

a) Doutorado Sanduíche no Exterior  – apoio a alunas formalmente matriculadas em curso de doutorado no Brasil que comprove qualificação para usufruir, no exterior, da oportunidade de aprofundamento teórico, coleta e/ou tratamento de dados ou desenvolvimento parcial da parte experimental de sua tese a ser defendida no Brasil

Faixa 2:

b) Pós- Doutorado no Exterior (PDE) – possibilitar às portadoras de títulos de doutorado a capacitação e atualização de seus conhecimentos por meio de estágio e desenvolvimento de projeto com conteúdo científico ou tecnológico inovador, em instituição no exterior.

Para mais informações  acesse a Chamada na integra

Beatriz Nascimento

O nome do programa presta homenagem à professora e historiadora sergipana Beatriz Nascimento, que sempre aliou a luta antirracista com a vida acadêmica. Foi co-fundadora do Grupo de Trabalho André Rebouças na Universidade Federal Fluminense (UFF) e membro do Movimento Negro contra a Discriminação Racial (MNUCDR), nome mais tarde reduzido para MNU.

Enquanto pesquisadora, Beatriz Nascimento estudou as formações dos quilombos no Brasil por duas décadas e foi expoente do feminismo negro, pesquisando as práticas discriminatórias que pesam sobre os corpos das mulheres negras.

A pesquisadora faleceu, vítima de feminicídio, em janeiro de 1995. Na época, ela cursava mestrado em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 2021, Beatriz Nascimento se tornou doutora honoris causa in memoriam pela UFRJ.

Foto: EBC

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