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Estudantes do Cefet-MG criam localizador de veias para coleta de sangue

Pacientes e profissionais da saúde costumam se queixar, frequentemente, da dificuldade de acessar as veias para coleta de sangue ou administração de soro, por exemplo. O problema afeta, sobretudo, bebês e pessoas debilitadas. Diante dessa realidade, estudantes do curso técnico em Equipamentos do CEFET-MG desenvolveram um “Localizador de veias de baixo custo.”

O projeto foi apresentado durante a 32ª Mostra Específica de Trabalhos e Aplicações (META) e conquistou o primeiro lugar em uma das categorias do evento científico.  Desenvolvido pelas estudantes Ana Luiza Rodrigues, Ana Paula Pires e Raquel Soeiro e orientado pelos professores Tálita Sono e Sady Filho, o dispositivo foi criado em impressora 3D e se mostrou eficiente, barato e versátil para tipos diferentes de pacientes.

Ana Luiza explica que a ideia surgiu da observação de reclamações frequentes em exames de sangue e do desconforto causado nessas situações, problema que não possui nenhuma solução eficaz amplamente difundida. “Fizemos uma série de buscas sobre possíveis técnicas e encontramos dispositivos localizadores de veias. A partir daí, buscamos produzir um equipamento com essa funcionalidade, mas com custo acessível para o mercado”, explica.

A alternativa encontrada foram as impressoras 3D do laboratório Maker do campus Gameleira (BH). “Para imprimir o protótipo, foi selecionado um modelo de localizador de veias de acordo com o que estávamos procurando e já existente no site (thingiverse), que dispõe de modelos prontos para impressão 3D. O modelo que imprimimos é de filamento PLA [material termoplástico biodegradável], que foi emprestado ao grupo”, detalha a estudante Raquel.

Funcionamento

O modelo criado pelas pesquisadoras, basicamente, utiliza técnicas simples de iluminação que facilitam o trabalho dos profissionais de saúde. “Este dispositivo possui LEDs, acesos em determinada combinação de cores, que, ao aproximar da pele, projetam uma imagem na qual é possível visualizar as veias, tornando sua localização precisa e facilitando seu acesso”, explica a professora Tálita. Um vídeo apresentado pelo grupo detalha o processo (minuto 3:30).

Outra preocupação das estudantes foi pensar em um modelo com dois modos de operação, adulto e pediátrico, que reunisse as funcionalidades em um único aparelho, o que se diferencia das soluções disponíveis no mercado. “A criação dos modos distintos foi feita levando em conta os níveis de profundidade das veias em cada faixa etária. Em adultos, as veias são muito mais profundas do que em crianças e bebês, o que exige o uso de diferentes cores de LED para alcançar o efeito desejado. No mercado de localizadores já existentes, inclusive, cada faixa etária possui um equipamento diferente próprio para seu uso. Então, visando simplificar e baratear custos, buscamos unir ambos em um modelo só”, detalha Ana Luiza.

O localizador de veias de baixo custo pode ser produzido em escala, mas é um processo que demanda mão de obra e investimento. “Atualmente não temos interesse em focar nessa produção, o que não impede que alguma empresa da área fabrique o produto com a nossa patente”, finaliza a pesquisadora Ana Paula Pires.

Foto: Divulgação/Cefet-MG

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